Jogue o jogo: proximidade e diálogo na transformação digital
O quanto a sua empresa é ágil em comunicação interna? O quanto o seu time é empoderado na tomada de decisão e consegue ganhar a corrida da comunicação informal?
Talvez não consiga, talvez sim, mas se continuar a fazer o mesmo que sempre fez, os resultados serão exatamente os mesmos.
Por falar nisso, como estão os resultados e a cultura data driven na comunicação interna?
Você consegue dizer quais são as 5 iniciativas que mais geraram engajamento e reverteram em produtividade no último ano?
Vale lembrar que a cultura organizacional vencedora é a que se conecta com a cultura individual das pessoas e com seus valores. Estamos diante de profissionais que estão repensando o que é importante e a buscar novos estilos de vida. Quando o novo mundo começa a se cristalizar, os líderes de mercado mudam, o baralho é reembaralhado e podemos experimentar como o caos cria risco. E oportunidade.
Estamos diante de mudanças significativas com o cenário pós-pandemia. Atualmente estamos vendo as empresas reproduzirem a cultura do escritório de casa para seus públicos internos. Estamos diante de mudanças com o trabalho remoto ou híbrido.
Qualquer que seja o modelo, o desafio é manter o engajamento. Algumas empresas estão tentando reproduzir virtualmente os rituais no escritório. Isso inclui tudo: desde coffee breaks até salas de bate-papo que são mapeadas para parecerem escritórios.
E trabalhar em casa tem sido benéfico para muitos que agora têm mais tempo em seus dias, por outro lado, a natureza remota do trabalho resultou em profissionais se sentindo desconectados de alguns dos aspectos sociais e benéficos de trabalhar em um escritório.
As empresas que conseguem preencher essa lacuna estão sendo capazes de promover um ambiente de trabalho mais colaborativo.
Nesse contexto surge a oportunidade de se criar ferramentas e realizar uma transformação digital na área de comunicação corporativa para garantir mais agilidade em obter insights, mapeamento de comportamentos, análise de resultados sobre iniciativas versus interesse dos seus públicos.
Sem o apoio das novas tecnologias, a proximidade e o diálogo poderão ter um delay e perder agilidade para a tomada de decisão. Além disso, estamos diante do metaverso que criará novos ambientes de interação virtuais e, de novo, trará novas configurações de comportamentos e escolhas.
Percebemos altos investimentos para a análise de comportamentos dos consumidores, mas as empresas esquecem do seu público prioritário, que fará essa mudança acontecer: o público interno.
E para isso, precisamos estar abertos para a transformação digital dos processos de comunicação para que tenhamos tempo dedicado a essas análises; empoderando nossa estratégia e colaborando com a liderança nos aspectos mais essenciais da construção da reputação: proximidade, escuta e diálogo para garantir melhor conhecimento e defesa da marca.
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Diante de tantas mudanças e escolhas, destaco 3 tendências que ajudarão a jogar melhor esse jogo.
1 – Conteúdo que traz conforto – Engajamento: Ao definir a estratégia de comunicação junto aos seus públicos internos, é importante assumir temas mais positivos e relaxantes e não apenas conteúdo institucional e diretivo.
Ainda percebemos um movimento das áreas em querer publicar seus feitos em uma espécie de coluna social ou autopromoção. Isso precisa ser abolido em definitivo e substituído por conteúdos que sejam relevantes na ótica do público interno: qual o interesse do seu público? Todos precisam saber ou podemos segmentar a informação? Quais os meios e canais que devemos priorizar? Não seria o papel da liderança comunicar determinados assuntos para promover uma melhor escuta e diálogo?
As equipes de comunicação precisam garantir melhores análises dos seus canais internos para conquistar esse patamar de negociação com as áreas e desenhar uma melhor estratégia de conteúdos de interesse e convergência entre a empresa e seu público interno. Realizando a transformação digital dos seus processos, sobrará mais tempo para o que é estratégico e prioritário.
O que tem acontecido no mercado: as marcas estão priorizando cada vez mais o “bem-estar” para ajudar a aliviar as ansiedades persistentes das pessoas. Isso inclui campanhas publicitárias que se concentram em temas reconfortantes e relaxantes que oferecem uma visão mais positiva do futuro do que o que foi visto no ano passado. À medida que as pessoas se acostumam lentamente com a vida voltando ao “normal”, elas procuram marcas que ajudem nesse processo – seja emocionalmente, financeiramente ou recreativamente. E o seu público interno precisa ser considerado nessa estratégia.
Alguns exemplos de marcas que mudaram sua estratégia de comunicação externa considerando essa tendência: a Expedia lançou nova campanha para demanda de viagens pós-vacinação, criando uma campanha de viagem reconfortantes; a Macy’s assume um tom positivo e encorajador em seu comercial, incentivando anúncios de volta às aulas
Como sua marca está priorizando o engajamento digital para seu público interno?
2 – Experiência do público interno – Proximidade: Considerando que seu público interno pode não estar interagindo no mesmo ambiente de trabalho e as marcas não conseguem se envolver pessoalmente da mesma maneira que antes, é possível priorizar experiências online interativas para o seu público interno experimentar. Isso criou oportunidades para que as pessoas se engajem mais no espaço digital, onde as marcas estão cada vez mais presentes para se conectar aos seus públicos. Uma plataforma digital que gere oportunidades de interação, escuta e diálogo ajudará a mapear toda a jornada do público interno e seus diferentes interesses em cada uma dessas etapas; aumentando a sinergia e engajamento para fortalecimento da cultura organizacional.
O que tem acontecido no mercado: a IKEA está desafiando os usuários do Snapchat a escapar de uma sala bagunçada, criando salas de fuga virtuais no aplicativo; a Amazon Prime criou a aventura remota dos caçadores de verdades, salas de fuga virtuais ao vivo. A Biblioteca Pública de Calgary organizou recentemente um jogo interativo
Como sua marca pode melhorar a experiência digital do seu público interno?
3 – Desaceleração compulsiva – Resultados: Com as novas tecnologias, as pessoas podem tomar conhecimento do que está acontecendo no mundo a qualquer momento. Como tal, muitos indivíduos estão buscando informações diariamente para educar-se sobre temas sociais, políticos e econômicos. Para muitos, o ato de estar “sempre ligado” cria sentimentos negativos e contribui para o esgotamento. Como resultado, os consumidores estão procurando maneiras de encontrar um equilíbrio entre seus eus conectados e offline. Ao priorizar sua saúde mental, os indivíduos conseguem se manter mais felizes e motivados a contribuir com os problemas com soluções.
No mercado, as empresas estão diminuindo intencionalmente a taxa de novos lançamentos. Agora, as marcas estão atrasando suas agendas para lançamentos semanais de episódios e estreias no cinema para aumentar o envolvimento do espectador. Ao procurar entretenimento e conforto durante a pandemia em andamento, os consumidores contemporâneos priorizam opções eficientes e sem complicações. Como resultado, muitos têm confiado no conteúdo online sob demanda. Com o aumento do consumo durante o COVID-19 e mesmo antes dele, os indivíduos começaram a sentir alguma fadiga. Nesse espaço, muitos estão procurando maneiras de desenvolver relacionamentos mais saudáveis com seus provedores de conteúdo favoritos e isso permite que eles se sintam mais seguros e energizados.
Esse comportamento também pode ser traduzido para o ambiente interno das empresas. É fundamental mapear e conhecer como seu público interno está se comportando diante de tantas informações, diretrizes, iniciativas e resultados esperados. Para melhorar a performance, é preciso priorizar, segmentar e avaliar o interesse, pois tudo isso impactará em engajamento e produtividade. Aqui está o grande desafio da liderança e como a área de comunicação corporativa pode gerar um calendário de engajamento e conteúdo relevante ao longo do ano, mantendo o público interno com acesso em maior/melhor profundidade dos temas prioritários e também mais energizados para fazer acontecer.
O que o mercado tem feito: Netflix lançando lentamente The Circle, com programações de streaming de lançamentos semanais e a WarnerMedia planeja retornar ao cinema em 2022 com lançamentos de filmes inéditos no cinema.
Como sua marca faz a escuta e o mapeamento do comportamento do seu público interno?
A janela de oportunidade está diante de todos os profissionais de comunicação corporativa. Considerando que estamos diante de uma pós-crise da pandemia (global e multidimensional ), as necessidades dos públicos de relacionamento de uma empresa evoluem AO MINUTO. Agora é a sua janela de oportunidade para filtrar tendências, encontrar novas necessidades e se reinventar em um novo caminho. As pessoas sofreram mudanças na forma de pensar, sobre o que querem consumir, como querem trabalhar e viver no cotidiano. E tudo isso impacta a nossa forma de comunicar e priorizar o que nos interessa.
Por tudo isso, precisamos obter de forma mais rápida, inputs e análises consistentes diante da mudança de comportamento dos públicos de relacionamento das empresas. E para isso, é preciso fazer o dever de casa utilizando plataformas digitais e melhoria dos processos de comunicação para garantir mais agilidade. As tendências já estão aí, se consolidando no mercado em frações de segundos.