A cultura de inovação mais presente na comunicação

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Temos visto uma grande movimentação no mercado B2B em busca de inovação, especialmente em comunicação com o público interno.

Após o período inicial da pandemia, esse mercado se expandiu, novas formas de trabalho estão se consolidando e a relação entre o negócio e seu público interno está cada vez mais desafiadora.

Muito se fala em inovar na comunicação e mesmo percebendo que o aumento dos investimentos tem sido uma realidade, não é somente capital que fará a diferença.

Minha percepção como tendência é que os profissionais de comunicação cada vez mais precisarão adquirir skills para gerar inovação, pois sabemos que, para inovar, há métodos já consolidados pelo ecossistema e cada vez mais os profissionais de comunicação deverão incorporar o mindset de intraempreendedor, aprendendo a pensar como cientistas, a criar hipóteses, a testar, a aprender e a mudar de forma ágil.

Sendo assim, trago duas reflexões sobre inovação que poderão ajudar os profissionais de comunicação a serem cada vez mais inovadores em suas operações.

1ª – Foque no tipo de inovação mais adequado à sua realidade: Disruptiva, incremental ou radical.

Esses são os três tipos mais conhecidos de inovação e aqui já fica um alerta, para inovar, nem sempre é necessário criar algo novo, sendo que normalmente as inovações disruptivas e radicais são sim novidades que agregam valor a um mercado (ou muda o mesmo), mas esses dois tipos normalmente dependem de grande capital e de um tempo maior.

Nesse caso, vou focar na inovação incremental, podendo esta ser, por exemplo, uma melhoria em um processo interno que gere economia ou melhores resultados comparados ao modo anterior.

Pode-se considerar uma inovação incremental: um aprendizado que, ao fazer diferente, o resultado é no mínimo duas vezes maior do que o esforço adicional aplicado. Vou trazer um exemplo fictício dentro de uma realidade simples do cotidiano da área.

Imagine que você possua em sua operação uma única newsletter, esta é projetada para comunicar da mesma forma para todo o seu público interno, sua área investe semanalmente dois dias no planejamento editorial, redação, diagramação e disparo, mas foi notado que somente 20% do público se engaja e consome esse material, e isso tem refletido negativamente nos resultados esperado do envolvimento interno com as narrativas da empresa.

Vocês decidem, então, investir algumas poucas horas a mais para segmentar seu público interno, avaliar os temas de maior interesse e destacam as narrativas institucionais com nova abordagem.

Ao mesmo tempo, repensa seu veículo interno em termos de frequência e editorias, de acordo com a segmentação do público e com a sinalização de que essas mudanças irão aumentar conhecimento e engajamento do conteúdo divulgado.

Após a mensuração, o resultado surpreende. Imagine que esse experimento tenha gerado um engajamento acima de 60%.

Bingo! Acabaram de aplicar uma inovação incremental em um processo interno e isso só poderia ser chamado de inovação porque com 30% de esforço adicional, rodaram um experimento e triplicaram o resultado comparado com o anterior, sem nenhum investimento de capital financeiro envolvido.

Esse é um exemplo fictício e entendo que há vários fatores envolvidos em cada cenário, mas tentei simplificar ao máximo para melhor compreensão, usando um canal que de certa forma, não é hi tech mas está presente em várias operações de CI.

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2ª – Inovação Aberta, uma boa opção para as corporações:

Esse conceito é basicamente a conexão entre corporações e startups, sendo essa uma maneira de trazer de fora do negócio, capital intelectual e/ou soluções que agregam valor ao negócio. 

Hackathons, M&As, investimento em cocriação, parcerias estratégicas, incubação, processos de aceleração ou, simplesmente, a contratação de um fornecedor que traga inovação para a área, são algumas formas de acelerar a inovação no ambiente corporativo.

Startups são ágeis e têm maior liberdade de validar hipóteses, o que para mim é o principal fator para gerar inovação, observação, validação e aprendizado.

Mas aí, é importante analisar cada caso para escolher a melhor forma da sua empresa se relacionar com as startups, pois estas podem ter perfis diferentes e isso implicará diretamente nos resultados esperados.

Aqui é importante dizer que não existe certo ou errado, apenas a necessidade de entender o que você espera desse relacionamento e escolher a mais adequada.

Dito isso, o mais comum, e que não depende de muita energia, é a contratação de uma startup como fornecedor e aí na hora de escolher quem irá te apoiar e trazer inovação para comunicação, tenha em mente que existem dois perfis de startups, o perfil Unicórnio e o Camelo. Parece engraçado, mas após minha explicação você irá entender… 

Há tempos, temos ouvido falar sobre o conceito de Unicórnio, startups que crescem rápido e chegam ao valuation de 1 bilhão de dólares. No entanto, durante a pandemia houve um movimento global no ecossistema olhando para as chamadas startups Camelo e essa analogia faz total sentido, vou explicar.

Unicórnios são animais que não existem, não são reais, já os camelos de fato sabemos que existem e são muito, muito resistentes. Camelos sobrevivem dias no deserto sem água, são resilientes.

Ou seja, no geral o principal driver das startups unicórnios é o crescimento acelerado, já as startups camelos se guiam pela sustentabilidade, sobrevivência e principalmente no sucesso do cliente.

Isso quer dizer que as startups camelos são mais cautelosas, tem o foco principal no cliente e visam garantir segurança sólida, seguem outra jornada evitando problemas no caminho.

Isso não quer dizer que as com perfil unicórnio não tenham foco no cliente, mas como o foco principal é o crescimento acelerado, os riscos sempre são maiores e a proximidade com o cliente se torna mais desafiadora. 

Para uma operação como a de comunicação interna, onde normalmente há exigências como contratos longos, melhor compreensão das particularidades da cultura, adequação ao compliance, segurança da informação, privacidade de dados e garantia de sucesso do serviço, as startups com perfil camelo me parecem serem mais adequadas, pois buscam sempre maior estabilidade, investem com cautela, trabalham a gestão de custo, têm visão de longo prazo, tanto para o produto quanto para o negócio e, principalmente, foco total no sucesso do cliente.

Por isso, ao buscar uma startup para inovar na comunicação interna, analise não somente os cases de sucesso, mas também a porcentagem de churn (perda de clientes).

Fique atento a como a jornada comercial acontece, se é algo orgânico, natural, baseado no fit entre o que você espera e a proposta de valor ofertada, se houver algum desconforto nesse processo sinalizando uma “pressão” para acelerar o negócio, é um sinal que pode sugerir uma cultura de unicórnio e não de camelo.

Ao longo desses sete anos à frente da área comercial da Simplifica CI, foram muitos aprendizados e crescimento consolidados por um propósito único: sermos um empresa de tecnologia, facilitadora da resolução de problemas mais urgentes da comunicação corporativa para que ela se torne mais ágil, relevante, inteligente e simples, estimulando o poder de transformação das pessoas ao conectar causas e propósitos que apoiam os objetivos de negócio.

Queremos garantir o sucesso das marcas ao mobilizar seus embaixadores com comunicação transparente, escuta ativa e diálogo constante, trazendo mais resultados e qualidade de vida para as pessoas no trabalho.

E você, qual sua visão de futuro? Tem uma opinião diferente? Estou à disposição caso queira conversar e discutir, afinal, a inovação nasce do choque de ideias e isso é algo que eu adoro.

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